quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

interlúdio 2

Kaisar Leone, esse misterioso estrangeiro, seguindo orientação de seus superiores se disfarçou como um escriba para poder investigar os vários indícios de que um demônio ancestral seria invocado por uma bruxa em uma noite auspiciosa e que a ordem vinha tentando seguir e só chegando a becos sem saída.

Durante duas semanas ele seguiu pistas falsas sob o disfarce até receber uma informação mais certa que dava a localização da bruxa na Floresta do Viúvo de um mateiro que estava desesperado pelo que havia encontrado em sua ultima visita na floresta do viúvo.

Então alertou sir Galahad, o paladino da ordem com quem trabalha e a quem auxilia e partiram naquela noite para onde foi indicado. Kaisar guiou pelo caminho pantanoso durante um tempo até encontrar uma claridade vermelha que os guiou até o esqueleto de um antigo povoado onde haviam restos de construções umas sem paredes, outras sem tetos e outras ainda somente as bases ou nem isso, como um animal que morreu há muito tempo e so lhe resta a carcaça sem carne nem vermes mais. E dentre essas construções havia uma casa, ainda de pé em sua maior parte, de onde a luz que os guiou provinha.

Kaisar foi na frente para não fazer barulho, se aproximou da janela e viu lá dentro, uma bruxa de cabelos de fodo, dançando em meio a um circulo marcado no chão e com vários simbolos e que brilhava rubro como sangue e cercada por um sequito de encapuzados ao redor dela em círculo.

Ele ficou atordoado pela visão, pois a bruxa lhe fazia aflorar sentimentos que a principio não conseguiu entender. Mas não teve tempo, pois sir Galahad atravessou o umbral, derrubou a porta e partiu para o ataque e seu parceiro fez o mesmos altando pelo  espaço que no passado era uma janela.Ambos avançaram e atacaram o círculo e um dos acólitos para a surpresa da bruxa.

Quando desfizeram o círculo uma explosão rubra tomou conta do horizonte em direção à cidade de Corvin, o que fez sir Galahad partir correndo de volta para a cidade e deixando Kaisar para lidar com a bruxa. Ele olha surpreso que o séquito é na verdade esqueletos sem vida presos em estacas e cobertos por mantos.

- Seus tolos - ela disse - não fazem ideia do mal que causaram. Não sabem a diferença de uma feiticeira para um demonista.

Ela alertou que o mal acontecia onde houve a explosão e que ela tentava impedir com sua magia. E que talvez houvesse tempo para agir, mas não estava muito convencida disso. Ambos seguiram os passos de sir Galahad de volta para a cidade e a atravessaram em diração à luz rubra que ardia forte. Chegaram em um bairro pobre da cidade onde de um casebre vinha a luz. a porta escancarada mostrava toda uma familia morta no chão. Pai, mãe, filhos e filhas, ensanguentadaos e sem as cabeças que estavam espetadas nas pontas de estacas e gritavam. No centro desse espetáculo, em meio a um circulo diferente estava aquele que se apresentou como o mateiro, mas diferente. Sua boca estava maior e seus dentes afiados. Suas orelhas pontudas, seus pés descalsos pareciam patas de algum animal. E ele gargalhava. Prostrado à sua frente de joelhos estava sir Galahad.

Kaisar correu para dentro e a casa se deformou e alongou vertiginozamente ao mesmo tempo que brumas tomavam conta do lugar e o consumia ao mesmo tempo. Com dificuldade alcansaram sir Galahad, mas o demônio flutuou para as brumas. Kaisar abraççou o amigo que convulcionava e morria em seus braços, secando como um cadaver velho, com a boca e os olhos em chamas. Seu grito de dor foi enorme pelo amigo consumido pelo mal. Então a feiticeira pôs a mão em seu ombro e lhe disse palavras que pesariam o coração para sempre "Que as vidas dessas pessoas pesem na sua consciencia, irmão" então ela se foi. E quando as brumas se afastaram percebeu que não estava mais em Corvin.

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